O relatório ISG Provider Lens apresenta que as empresas no Brasil estão sendo desafiadas por mudanças repentinas em compras, cadeia de suprimentos e outras áreas, realizando iniciativas digitais de longo prazo em poucos meses.
Muitas empresas no Brasil reagiram a crise do COVID-19 neste ano acelerando projetos de transformação digital, criando novas oportunidades para os prestadores de serviços que contribuíram no planejamento e implementação desses esforços, de acordo com o novo relatório publicado hoje pelo Information Services Group (ISG) (Nasdaq: III), empresa líder global em pesquisa e consultoria em tecnologia.
O relatório 2020 ISG Provider Lens Digital Business Solutions and Service Partners para o Brasil revelou que a pandemia e os lockdowns associados deixaram muitos segmentos de indústria lutando para sobreviver nos primeiros meses de 2020. Tendências emergentes rapidamente em resposta à crise, como a adoção de compras online e internet banking, além da adoção de plataformas de colaboração e videoconferência no local de trabalho, levaram as empresas a realizar em poucos meses o que seriam projetos de digitalização de anos.
A crise do COVID-19 fez com que muitas empresas brasileiras mudassem seus projetos de crescimento para a sustentabilidade e controle de custos, disse Mauricio Ohtani, analista do ISG e principal autor do relatório. O futuro exige mais automação, resiliência e colaboração virtual. Soluções e serviços de negócios digitais são essenciais para a maioria das empresas que buscam implementar novas tecnologias e formas de trabalho.
Muitas empresas sediadas no Brasil relutaram em iniciar a transformação digital de suas cadeias de suprimentos até que foram ameaçadas pelas mudanças desencadeadas pela pandemia, diz o relatório. A mudança da noite para o dia para mais e-commerce exigiu que as empresas brasileiras buscassem suporte na transformação digital em áreas como experiência do cliente, ciclo de vida do produto e cadeia de suprimentos.
Em resposta, os provedores de serviços em digital business intensificaram suas estratégias de go-to-market, acelerando o lançamento de novas ofertas e expandindo seus portfólios. A crise também acelerou os fornecedores na adoção de métodos de desenvolvimento agile e DevOps, para atender às demandas atuais. No entanto, o blockchain, outra ferramenta promissora para negócios digitais, ainda está no começo da sua curva de maturidade no país, diz o ISG.
Um dos maiores projetos de digitalização desencadeados pelo COVID-19 no Brasil tem sido levar os cidadãos para o sistema bancário, para que o governo possa dar-lhes assistência financeira, diz o relatório. Milhões de pessoas foram adicionadas em apenas algumas semanas. Além disso, milhares de brasileiros receberam ajuda médica imediata por meio da telemedicina e as empresas de varejo intensificaram suas iniciativas de e-commerce ao suspender as operações físicas.
O relatório 2020 ISG Provider Lens Digital Business Solutions and Service Partners para o Brasil avalia as capacidades de 36 provedores em cinco quadrantes: Digital Business Consulting Services, Digital Customer Experience Services, Digital Product Lifecycle Services, Blockchain Services e Digital Supply Chain Transformation Services
O relatório nomeia a Accenture e a IBM como líderes em todos os cinco quadrantes. BRQ, Stefanini e Wipro são nomeados líderes em quatro quadrantes e a Deal em três quadrantes. Capgemini, CI&T, Deloitte Digital, EY, Reply e Sonda são nomeados líderes em dois quadrantes, enquanto DXC Technology, ilegra, Infosys, Logicalis, PwC e Sinqia são nomeados líderes em um quadrante cada.
Além disso, a T-Systems é nomeada como Rising Star – uma empresa com um “portfólio promissor” e “alto potencial futuro” pela definição do ISG – em dois quadrantes. Everymind e Sonda são nomeados como Rising Stars em um quadrante.