No lado mais leve das coisas, perguntamos Ricardo Scheffer, CEO da SONDA Brasil, o que o motiva
O que você descreveria como sua conquista mais memorável?
Após 21 anos de trajetória, liderar a companhia pela qual tenho extrema admiração. Ingressei na SONDA quando a operação brasileira ainda se resumia a uma pequena operação com 200 profissionais e acompanhei todo o seu crescimento. Hoje, a contribuição expressiva da operação brasileira atesta que temos uma atividade comercial mais dinâmica, resultando no fechamento de contratos relevantes no país.
O que te trouxe para uma carreira em tecnologia?
Ser uma pessoa muito curiosa e que gosta de trabalhar com análises e resolução de problemas.
Que estilo de filosofia de gestão você emprega no seu cargo atual?
Existem diferentes tipos de profissionais com suas hard e soft skills. Para que uma organização funcione, de maneira coesa, cada uma dessas pessoas são insubstituíveis. Por isso, me atento muito em sempre tentar extrair o máximo e o melhor das pessoas.
Qual você acha que é o tópico das conversas atuais sobre tecnologia?
Acredito que a Inteligência Artificial (IA) e a Transformação Digital. Enquanto a Transformação Digital ainda está sendo demandada porque é jornada digital viva para as organizações, no outro ponto está a IA, que precisa ser regulada. Devemos pensar que os robôs, por si só, não geram riquezas, por isso precisamos entender o que a evolução desse tema gera de impacto futuro para a humanidade.
Ou seja, o que as pessoas que fazem as atividades de hoje farão no futuro? É necessário pensar em como o ser humano pode continuar mantendo um ciclo econômico sustentável.
Como você lida com o estresse e relaxa fora do escritório?
Pratico automobilismo virtual. Os pilotos profissionais usam essa tecnologia para treinamento. A sensação de “jogar” é a de estar em um carro de corrida na pista, o que me traz divertimento e relaxamento em dias de folga.
Se você pudesse voltar atrás e mudar uma decisão de carreira, qual seria?
Teria me incorporado ao mercado de tecnologia mais cedo.
O que você identifica atualmente como as principais áreas de investimento em seu setor?
As soluções de transformação para o negócio estão entre as principais demandas das empresas atualmente, sobretudo porque a digitalização é um organismo vivo. É preciso mudar a forma de fazer negócios e alterar estruturas e pensamentos, às vezes, não é uma tarefa tão simples, é uma jornada.
Quais são os desafios específicos da região na implementação de novas tecnologias na América Latina?
Existem muitos problemas políticos e econômicos na região. Por isso, é necessário patrocínio dos poderes públicos para absorver e aplicar os efetivos conceitos de inovação que envolvem assumir riscos.
Que mudanças você viu em seu cargo no ano passado e como você acha que elas se desenvolverão nos próximos 12 meses?
O fato é que as relações mudaram após a pandemia da Covid-19, e, ao longo de 2022, foi necessário ajustar esse modelo. Daqui para frente será necessário lidar com essa adaptação e acompanhar essa evolução.
Que conselho você daria a alguém que aspira a uma posição de nível C em seu setor?
Estar sempre um passo adiante, investir em capacidade técnicas, mas também em relacionamento.
BOX OUT
Sobre a SONDA
SONDA é uma multinacional chilena de tecnologia da informação (TI) sediada em Santiago. É a maior empresa do setor de Tecnologia da Informação na América Latina. Fundada em 1974 em associação com a Copec, a empresa se dedica à prestação de serviços de consultoria e TI. Os serviços da empresa estão estruturados em três divisões: Serviços de TI, incluindo terceirização de TI, projetos de integração de sistemas, suporte de infraestrutura, serviços profissionais e consultoria, além de serviços de BPO (Operação de Processos de Negócios); Aplicações, com foco no suporte aos processos de negócios de seus clientes por meio de software próprio ou de terceiros; e Plataformas, que oferece plataformas como serviço por meio de uma rede de alianças e parcerias regionais, como Cisco, Autodesk, EMC, HP, IBM, VCE, Microsoft, Oracle e VMware, entre outros.
Atualmente, a empresa está presente em 10 países: Chile, Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Panamá, Peru e Uruguai. Seus principais concorrentes são Totvs, Stefanini, Neoris e CPM Braxis.